
Para poder dizer coisas do coração
Dar a letra de quem lê
Toda palavra escrita ou rabiscada
No joelho, guardanapo ou chão
Ponto pula linha travessão
E a palavra vem
Pequena, querendo se esconder no silêncio
Querendo se fazer de oração
Baixinha como a altura da intenção e na insegurança
Vírgula, parênteses, exclamação
Ponto pula linha travessão
E a palavra vem ...
Vem sozinha
Que a minha frase invento pra te convencer
Vem sozinha ...
Se o texto é curto aumento pra te convencer
Palavra, simples como qualquer palavra
Como qualquer palavra
Que a minha frase invento pra te convencer
Vem sozinha ...
Se o texto é curto aumento pra te convencer
Palavra, simples como qualquer palavra
Como qualquer palavra
* O Teatro Mágico *
Eu não sei se é sensibilidade ao extremo, mas o que me põe a "pena" na mão , como diz Machado, são as palavras. Palavras que nem sempre são ditas, mas lidas. Algumas sem querer, por vontade própria e outras que chegam junto ao acaso. Na maioria das vezes seguidas por 'superlativos', que na maioria das vezes não são necessárias, mas muitas das vezes causam um impacto gigantesco para quem as ouvem ou lêem. Entretanto, na minha opinião, o que supera os 'superlativos' são as 'figuras de palavras'. São essas que me assustam um pouco, pois através delas que acabamos dizendo muitas coisas que na realidade não deveríamos dizer. Exageros e trocas de sentido fazem parte.
O que mais me deixa preocupada são os diversos sentidos e reações que as palavras causam nas pessoas. Podemos sim, chegarmos a mesma conclusão, mas na maioria das vezes não é isso que acontece, o que eu vejo você não vê e vice-versa. E o que irá adiantar eu retrucar ou discordar? Só irá gerar cada vez mais discussões e desconfiança de ambos. Não quero que isso aconteça, então continuarei guardando meus 'superlativos', minhas 'figuras de linguagem', meus 'adjetivos' e principalmente meus 'pronomes pessoais'.
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